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Sagrada Família: Jesus, Maria e José
Padre Marcos Albuquerque Gomes
Paróquia Santa Cruz - Bairro Vera Cruz (Belo Horizonte - MG)

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Queridos irmãos e irmãs,

Estamos no Tempo do Natal. Tempo de meditar sobre o mistério da encarnação. “O Verbo de Deus se fez carne e veio habitar entre nós” (João 1,14). Podemos também dizer: o Verbo se fez família para nos salvar. Deus escolheu nos salvar fazendo parte da família humana, prefigurada, aqui, pela família de Nazaré.

 

O Papa Paulo VI, em uma homilia, nos fala uma coisa muito importante sobre a família de Nazaré: “Nazaré é a escola onde se começa a compreender a vida de Jesus; a escola do Evangelho. Aqui se aprende a olhar, a escutar, a meditar e penetrar o significado, tão profundo e tão misterioso, dessa manifestação tão simples, tão humilde, tão bela, do Filho de Deus. Talvez se aprenda até, insensivelmente, a imitá-lo”. (Homilia pronunciada em Nazaré a 5 de janeiro de 1964; Liturgia das Horas, volume I, pág. 382). 

 

Para a nossa meditação deste final de semana, proponho um sermão de Santo Agostinho sobre o Natal:

 

“Desperta, ó homem: por tua causa Deus se fez homem. ‘Desperta, tu que dormes, levanta-te dentre os mortos e sobre ti Cristo resplandecerá’ (Efésios 5,14). Por tua causa, repito, Deus se fez homem.

 

Estarias morto para sempre, se ele não tivesse nascido no tempo. Jamais te libertarias da carne do pecado, se ele não tivesse assumido uma carne semelhante à do pecado. Estarias condenado a uma eterna miséria, se não fosse a sua misericórdia. Não voltarias à vida, se ele não tivesse vindo ao encontro da tua morte. Terias perecido, se ele não te socorresse. Estarias perdido, se ele não viesse salvar-te.

 

Celebremos com alegria a vinda da nossa salvação e redenção. Celebremos este dia de festa, em que o grande e eterno Dia, gerado pelo Dia grande e eterno, veio a este nosso dia temporal e tão breve.

 

Ele se tornou para nós justiça, santificação e libertação para que, como está escrito, ‘quem se gloria, glorie-se no Senhor’ (1Coríntios 1,30-31).

 

‘A verdade brotará da terra’ (Salmo 84,12), o Cristo que disse: ‘Eu sou a verdade’ (João 14,6), nasceu da Virgem. E a justiça olhou do alto do céu (cf. Salmo 84,12), porque o homem, crendo naquele que nasceu, é justificado não por si mesmo, mas por Deus. [...].

 

A verdade brotou da terra, isto é, da carne de Maria. [...].

 

Eis porque, quando o Senhor nasceu da Virgem Maria, os anjos cantaram: ‘Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade (Lucas 2,14).

Como veio a paz à terra senão por ter a verdade brotado da terra, isto é, Cristo ter nascido em carne humana? [...].

 

Na verdade, que graça maior Deus poderia nos conceder do que, tendo um único Filho, fazê-lo Filho do homem e reciprocamente fazer os filhos dos homens serem filhos de Deus?” (Dos sermões de Santo Agostinho, sermão 85, LH I, pág. 341).

 

Escolha duas ou três frases que mais te tocaram neste sermão de Santo Agostinho e vá repetindo-as lentamente em forma de oração. Faça uma oração de agradecimento por este presente e esta grande graça que recebemos no Natal: o nascimento de Jesus. Termine com um Pai-Nosso e uma Ave-Maria.

 

Cante novamente esta música em forma de oração:

 

1. Cristãos, vinde todos com alegres cantos. / Oh! Vinde. Oh! Vinde até Belém. / Vede, nascido, vosso rei eterno.

Oh! Vinde, adoremos. Oh! Vinde, adoremos. Oh! Vinde, adoremos o Salvador.

2. Humildes pastores deixam seus rebanhos/ e alegres correm ao rei do céu. / Nós, igualmente, cheios de alegria.

3. O Deus invisível de eternal grandeza, / sob véus de humildade, podemos ver. / Deus pequenino, Deus envolto em faixas.

 

4. Nasceu em pobreza, repousando em palhas ,/ o nosso afeto lhe vamos dar. / Tanto amou-nos! Quem não há de amá-lo?

5. A estrela do Oriente conduziu os magos / e a este mistério envolve em luz. / Tal claridade também seguiremos.

Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

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