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Exaltação da Santa Cruz

Padre Marcos Albuquerque Gomes
Paróquia Santa Cruz - Bairro Vera Cruz - Belo Horizonte

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Prezados irmãos e irmãs,
 

Dia 14 de setembro celebramos a Festa da Santa Cruz!


Tem um canto antigo que diz: Nós nos gloriamos na cruz de Nosso Senhor, que hoje resplandece com o novo mandamento do amor.
 

A cruz é o sinal distintivo do cristão. Ela nos lembra que pela morte de Jesus na cruz é que fomos libertos do pecado e recebemos uma vida nova pelo batismo. A palavra cruz aparece 39 vezes no Novo Testamento.
 

O Evangelho de hoje diz: “Deus amou tanto o mundo que deu o seu Filho unigênito para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna” (Jo 3,16). São Paulo, na carta aos Coríntios nos diz: “A cruz é loucura para os que se perdem, mas para os que se salvam, é poder de Deus” (I Cor 1,18). Na carta aos Gálatas: “A cruz de nosso Senhor Jesus Cristo deve ser a nossa glória: nele está nossa vida e ressurreição; foi ele que nos salvou e libertou” (Gl 6,14).
 

A oração de São Bento diz: “A cruz sagrada seja minha luz. Não seja o dragão meu guia. Retira-te satanás. Nunca me aconselhe coisas vãs. É mal que tu me ofereces”.
 

Tem um santo do século VIII, portanto no começo da Igreja, chamado Santo André de Creta que diz o seguinte sobre a cruz: “A posse da cruz é tão grande e de tão imenso valor que seu possuidor possuiu um tesouro. Se não houvesse a cruz, não teria sido rasgado o documento do pecado, não teríamos sido declarados livres, não teríamos provado da árvore da vida, não se teria aberto o paraíso. Senão houvesse a cruz, a morte não teria sido vencida e não teria sido derrotado o inferno”.
 

No dia 15, terça-feira, celebramos a festa de Nossa Senhora das Dores. A Igreja colocou esta festa perto da festa de Santa Cruz porque Maria, aquela que foi elevada em corpo e alma aos céus, foi quem mais se associou aos sofrimentos de Cristo na cruz. Afinal de contas, ela estava aos pés da cruz com João, enquanto os outros discípulos fugiram.
 

Ela experimentou o cumprimento da profecia de Simeão que disse: “Uma espada transpassará a sua alma” (Lc 2,34). São Bernardo, santo do século XII, diz que a lança que transpassou o coração de Jesus, do qual jorrou sangue e água, também transpassou o coração de Maria. Por isso ele diz: “Não vos admireis, irmãos, que se diga ter Maria sido mártir na alma. Ele pôde morrer no corpo; não podia ela morrer juntamente no coração? É obra da caridade: ninguém a teve maior. Obra de caridade também isto: depois dela nunca houve igual”. O sofrimento de Maria também é sinal do grande amor que ela tinha por Jesus e, hoje, tem pela humanidade.
 

Mas, não nos esqueçamos que, ao celebrar esta festa, também celebramos a alegria da fé e do seguimento de Jesus. Celebramos o nosso compromisso de ajudar as outras pessoas a carregarem as suas cruzes do dia a dia.

Ao celebrarmos a festa da Exaltação da Santa Cruz, unamo-nos a Maria, a mãe das dores e peçamos ao Senhor a graça de viver com alegria esta vida nova que ele conquistou para nós na cruz.
 

Sugestão: Reze hoje os mistérios dolorosos do Terço.
 

Se souber pode cantar: No peito eu levo uma cruz, no meu coração o que disse Jesus. Pode cantar também: Nós nos gloriamos na cruz de Nosso Senhor, que hoje resplandece com o novo mandamento do amor.

Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

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