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Solenidade da Assunção de Nossa Senhora

Magno Fernandes da Rocha

1º secretário do Senatus Immaculata - Belo Horizonte

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O nascimento de Jesus realiza o cumprimento da promessa de Deus feita à antiga Israel de vir reinar sobre seu povo. Deus assume em Cristo nossa humanidade, a fim de Ele nos tornar participantes de sua eternidade. Em vista desta centralidade em Cristo, a Igreja celebra na liturgia deste domingo a Solenidade da Assunção de Nossa Senhora, na qual a Bem-Aventurada Virgem Maria se torna sinal do convívio humano na eternidade de Deus.

Maria é modelo de inteira entrega e completa fidelidade a Deus e de pleno discipulado a Nosso Senhor Jesus Cristo, tendo-se entregue totalmente aos planos de Deus em toda sua vida, a ponto de se dirigir apressadamente para a região montanhosa para auxiliar sua parenta Isabel em sua gestação. Deus, de modo admirável, porque sua glória transcende sua divindade e alcança cada pessoa humana, permitindo que nos reconheçamos como queridos e amados pela providência divina, também age apressadamente e, como sinal da plena comunhão que há de existir entre o discípulo e seu mestre, concede à Imaculada Virgem Maria a glória de não conhecer a corrupção da carne, glória inaugurada somente pelo reinado de Jesus Cristo, princípio e fim de todas as coisas, as visíveis e também as invisíveis às limitações de nossa natureza humana.

Assim, celebrar a solenidade da Assunção de Nossa Senhora é celebrar a participação plena da vida humana em comunhão com a vida eterna de Deus. A Virgem Maria sendo preservada em toda sua existência humana é para nós motivo de júbilo, pois nos ilumina o caminho que devemos percorrer para também participarmos da vida em Deus. Este caminho é, portanto, o próprio caminho percorrido por Cristo. Ou, ainda, é o próprio Jesus Cristo Nosso Senhor. Maria é, portanto, guia segura para percorrermos o caminhar de Jesus Cristo que nos leva ao Reino dos Céus.

Na liturgia da Vigília desta solenidade, São Paulo nos diz: “Graças sejam dadas a Deus, que nos dá a vitória pelo Senhor nosso, Jesus Cristo”. Nesse sentido, a Igreja celebra juntamente à Assunção de Nossa Senhora também todas as pessoas consagradas à vida religiosa, que a exemplo da Bem-Aventurada Virgem Maria, se tornam sinais de uma vida modelada pela Palavra e pela prática da caridade sempre disponível a Deus e aos irmãos e irmãs. O exemplo da caridade praticada por Maria, que encontra e conduz outros membros de sua família ao encontro de Jesus, passagem essa citada no Evangelho quando Jesus nos revela a extensão da verdadeira família de Deus “quem faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe”, nos inspire a sermos legionários atentos à caridade gratuita, à caridade que nos coloca ao encontro de Deus e dos irmãos.

Nesse mesmo sentido, o Magnificat, canto de Maria que exalta a grandeza de Deus, seja o canto com o qual o cada um de nós legionários, chamados a rezar diariamente a Catena Legionis, reconheçamos a presença e a grandeza de Deus na vida de cada pessoa, principalmente as pessoas mais necessitadas, às quais somente Deus e nada mais, absolutamente nada mais, se torna o único consolador nos momentos cruciais de nossa vida humana.

Confiantes na graça e na misericórdia de Deus, peçamos à Santíssima Virgem Maria que interceda por cada um de nós legionários e por toda a humanidade, a fim de que, pelos méritos de Nosso Senhor Jesus Cristo, sejamos também participantes da glória de Deus e que os sinais dados pelos santos e santas na Igreja nos inspire na vivência das virtudes cristãs. Amém.

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